Michiko é uma condenada em fuga que conseguiu Michiko é uma condenada fugitiva após conseguir destruir uma penitenciária de onde supostamente se era impossível escapar. Hatchin é uma garota fugindo de seus severos pais adotivos. As duas acabam por se juntar em uma fuga desesperada pela liberdade.
Quando ouvimos sobre produções estrangeiras sobre o Brasil logo nos vem à cabeça filmes como Turistas, ou seja, festas, mato, mulheres e mais mato, mas isso é coisa de americano, então, e o Japão? Duh, é claro que nos vem à cabeça, ou pelo menos nas deles, nazistas!(?)
Afinal, o vampiro Alucard veio chutar bundas alemãs no Rio de Janeiro! Mesmo que isso não faça sentido, não foi bem uma visão muito profunda…
Claro, há outros animes que citam o Brasil, mas geralmente só um ou dois aspectos culturais, como capoeira.
Agora, Michiko to Hatchin é AMBIENTADO no Brasil.
Sim! Uma produção dos estúdios Manglobe (de Samurai Champloo), design de personagens de Hiroshi Shimizu (Ghost in the Shell: Stand Alone Complex 2nd GIG) e a direção de Shinichiro Watanabe (Cowboy Bebop) ambientada no Rio de Janeiro, um Rio bem peculiar, caricato na verdade, onde a favela toma conta de praticamente tudo, com cenários de um interior desértico, bares de strip-tease, lanchonetes de comida chinesa, touradas(?) e todas essas coisas de quando sua mãe ouvia Bossa Nova.
O anime conta a história de Michiko Malandro e Hana “Hatchin” Morenos, e sua busca por Hiroshi Morenos, pai de Hatchin e amor de Michiko. Michiko foge da prisão atrás daquela que aparenta ser sua filha, Hana, que está na casa de uma familia religiosa que só adotou a menina pela pensão que o governo paga para manter a menina em boas condições (RÁ), Depois de Michiko assaltar alguns bancos e sair destruindo tudo, vai até a casa de Hana e, depois da resistência da família em perder a fonte de renda, a leva consigo para procurar o pai. A partir daí,vão aparecendo personagens e locais interessantíssimos, todos baseados em esteriótipos brasileiros.
Um ponto muito bom do anime é que TUDO(músicas de fundo, papéis de adoção, bairros, cartazes…tudo em português,inclusive os nomes Michiko e Hatchin), exceto pelas falas, que não são em português, causando uma impressão muito interessante da obra, talvez até realista, embora não denuncie a tão comentada, e sensacionalista³, “realidade brasileira” do jeito que os jornais e programas nacionais fazem, o que deixou o anime MUITO melhor, mas claro que tudo foi feito com base na nossa realidade, com neguinhos da favela roubando tênis, facções de bandidos lutando, diferentes classes sociais, etc,mas tudo na medida certa.
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